terça-feira, 19 de outubro de 2010

Um ótimo livro de ficção!

Comecei a ler um livro que ganhei de aniversário (obrigada Rafa) o qual já comecei achar muito interessante, não tem como não comparar o livro com Crepúsculo! Sussurro é bem melhor e mais envolvente! Separei uma das minhas partes preferidas, espero que goste e te deixe com gostinho de quero mais!

SUSSURRO

HUSH, HUSH
BECCA FITPATRICK
Patch avançou para tirar o pano de prato da minha mão, e nossos corpos se tocaram. Nenhum dos dois se mexeu, mantendo a frágil ligação que nos unia.
fui a primeira a me afastar.
-Assustada? - ele murmurou
-Não.
-Mentirosa.
Meu coração começou a bater mais rápido.
-Não tenho medo de você.
-Não?
Falei sem pensar.
-Talvez eu só tenho medo de...-Xinguei a mim mesma por ter sequer começado a frase. O que eu deveria dizer agora? Não ia admitir para Patch que tudo nele me assustava. Seria como lhe dar permissão para me provocar ainda mais. - Talvez eu só tenha medo de ... de ...
-Gostar de mim?
Aliviada por não precisar concluir minha própria frase, respondi automaticamente que sim. Percebi tarde de mais o que havia acabado de confessar.
-Quer dizer, não! Definitivamente não. Era não que eu estava tentando dizer!
Patch riu baixinho.
-A verdade é que parte de mim realmente não fica à vontade quando você está por perto - respondi.
-Mas?
Agarrei-me ao balcão atrás de mim para garantir equilíbrio.
-Mas ao mesmo tempo sinto uma atração assustadora por você.
Patch abriu o sorriso.
-Você é metido de mais - eu disse, usando a mão para afastá-lo um pouco de mim.
Ele a segurou em seu peito e puxou a manga da minha blusa até o punho, cobrindo minha mão. Com igual rapidez, fez o mesmo com a outra manga. Segurava minha blusa pelos punhos, minhas mãos presas. Minha boca se abriu para protestar.
Puxou-me para mais perto e não parou até que eu estivesse bem diante dele. Subitamente, ele me levantou e me sentou no balcão. Meu rosto estava na mesma altura do dele. Lançou para mim um sorriso convidativo e sombrio. Foi então que percebi que esse momento vinha rondando minhas fantasias mais íntimas havia vários dias.
-Tire o boné - eu disse, despejando as palavras sem conseguir me conter.
Ele virou o boné, deixando a aba para trás.
Deslizei para a ponta do balcão com as pernas balançando em volta dele. Algo dentro de mim me dizia para parar - mas varri aquela voz para o fundo da minha mente.
Ele abriu as mãos sobre o balcão bem na altura dos meus quadris. Curvando a cabeça para um lado, ele se aproximou. Seu cheiro me fazia lembrar terra húmida e escura e me dominava.
Inspirei fundo duas vezes. Não. Não estava certo. Isso não, não com o Patch. Ele era assustador. De uma forma boa. Mas também de uma forma ruim. De uma forma muito ruim.
-Você precisa ir - suspirei - Com toda certeza, precisa ir.
-Para cá? - A boca dele estava no meu ombro. - Ou para cá? - Dirigindo-se então para o meu pescoço.
Meu cérebro não conseguia produzir um único pensamento lógico. A boca de Patch avançava para cima, um pouco a cima da mandíbula, pressionando os lábios suavemente na minha pele...
-Minhas pernas estão bambas - balbuciei.
Não era completamente mentira. Uma sensação de formigamento percorria todo o meu corpo, inclusive as pernas.
-Posso resolver esse problema. - As mãos de Patch agarraram meus quadris.
De repete, o meu celular tocou. Pulei quando ele soou e procurei-o desajeitadamente em meu bolso.
-Olá querida - disse mamãe em tom animado.
-Posso ligar para você daqui a pouco?
-Claro. O que está acontecendo?
Desliguei o telefone.
-Você precisa ir embora - disse para Patch - Agora.
Ele virou o boné. Sob a aba, só conseguia ver sua boca, desenhando um sorriso malicioso.

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