sexta-feira, 27 de maio de 2011

As grandes mulheres da minha família!



Poucas são as pessoas que dão valor as origens, mas eu faço questão de saber de onde vim para conseguir olhar para frente e ver para onde quero ir.
Minha família materna brasileira começou a surgir em um lugar humilde, simples; a família da minha vó era bem simples.
Minha mãe não sabe muito bem como meus avós se conheceram, mas ela conta que eles se conheceram em uma festa e no dia seguinte meu avô estava na porta da minha avó a pedindo em casamento, costumes da época né?
Meu vô morreu jovem, cerca de 40 anos, não sei exatamente, minha vó criou 3 filhas e 2 filhos sozinha. Ela não teve chance de estudos, por ser a mais velha dos irmãos era ela quem cuidava deles e eles estudavam. Mas mesmo sem estudos minha vó era uma mulher muito inteligente, bem vivida! Quando meu avô morreu as irmãs dela falaram para dar uma filha pra cada família para ficarem de empregada, por que "órfãs de pai não tem que estudar", minha vó então peitou todo mundo encheu a boca e disse "se eu for passar fome, meus filhos passarão fome comigo!".
Minha vó era uma costureira, trabalhava muito para poder pagar cursos e estudos pra minha mãe e um tia, já que apenas elas se interessavam, ela ia até os cursos para conseguir descontos, conversava com Deus e o mundo pra dar estudos para minha mãe e tia, trabalhava dia e noite, as vezes deixava de comer para ter comida para as duas quando chegassem em casa quase de madrugada da faculdade. Não consigo falar da minha vó sem me emocionar, ela sim foi uma grande mulher! Batalhadora!
Minha mãe perdeu o pai com os seus 8 anos de vida, mal teve a figura paterna que muita menina precisa, mas seguiu em frente com o apoio da minha vó. Acordava muito cedo! Lavava a varanda, que era o local onde dava aulas particulares pra conseguir algum dinheiro, que de manha estava cheia de xixi e cocô de cachorro. Estudava muito, vendia docinhos na escola, era uma boa aluna. Começou a trabalhar aos 18 anos, e foi para a faculdade que era bem distante de casa, mas valia o esforço; dormia pouco, estava quase sempre cansada, mas nunca deixava o mau humor tomar conta dela, sempre sorria e repetia pra si mesma que ela não pertencia ao lugar que vivia! Ela tinha certeza que ia sair dali! Usava o salário pra por comida em casa!
Minha tia, não sei muito da história dela, mas sei que ela dormia só 4 horas por dia! Faculdade era muito longe de casa! Chegava cedo e saia tarde de lá! Trabalhava! Mulher batalhadora!
Quando minha tia e minha mãe tiveram condições de ir pra um lugar melhor que aquele, não pensaram duas vezes, compraram um apartamentozinho e levaram minha vó junto! Subiram o padrão de vida! Foi quando minha mãe conheceu meu pai; casaram, compraram um apartamento, tiveram 2 filhos, quando o terceiro veio o apartamento ficou pequeno, aí então minha mãe já havia sido promovida, recebia bem e puderam mudar pra uma casa em um bairro melhor; com o tempo fizeram obras na casa, ficou uma casa linda! Uma família linda! Minha mãe é uma grande lider de família! Ao se aposentar comprou uma nova casa no lugar que sempre sonhou morar! Nas montanhas e na praia! Ela tem os dois em um lugar só! É um sonho realizado, é uma vida que valeu apena. Minha mãe sim é um exemplo de vida!
Minha tia hoje em dia mora em outra cidade, tem uma filha linda que adotou! Um coração gigante! Trabalha em uma das grandes empresas que esse país já teve! Exemplo de mulher! Exemplo de vida!
E quem diria que meninas vindas de Santa Rita iriam chegar tão longe!
E eu to começando de um ponto alto não vou deixar a peteca cair! Daqui eu quero é mais! Muito mais!
Essas são as grandes mulheres da minha família!

terça-feira, 3 de maio de 2011

Coração gelado; mulher de ferro.


Todas as coisas que vivi me ensinaram que não somos seres capazes de viver sem amor, o próprio Freud diz que precisamos do mínimo de afeto, mas ao mesmo tempo somos seres tão egoístas, egoístas a tal ponto de recebermos amor e termos a frieza de não devolve-lo. Somos seres racionais; ou deveria dizer irracionais? Porque até um cachorro que é maltratado pelo dono consegue abanar o rabinho e demonstrar amor por ele e eu me pergunto: E nós seres pensantes? O que fazemos diante de maus tratos? Devolvemos violência com violência.

Ainda acredito que as pessoas serão capazes de devolver violência com amor. Sim! Isto é levar um tapa na cara e oferecer a outra face. Podem me chamar de louca, como quiserem... talvez eu realmente seja louca, uma louca no mundo de gente "normal", mas minha loucura mesmo é acreditar que humanos serão capazes de amar de verdade, é acreditar que não são falsos.

Muitos me olham como se eu fosse feita de ferro, totalmente segura de mim e anti-sentimentos. A verdade é que sou cheia deles, mas com o tempo aprendi a não demonstrá-los, exatamente por não querer mais me machucar ou sofrer. Já tive homens de todos os jeitos, mas nenhum deles foi sincero, honesto ou de caráter; sempre tentei ser a mulher perfeita...haha...cansei disso, cansei de ter gente se aproveitando das minhas boas maneiras, boa vontade, cansei de tentar agradar os outros, simplesmente cansei.

Eu tenho tentando ter o coração de erro, mas a noite quando me deito não tem jeito...sempre volto a ser a mulher que eu conheço.

Isso talvez seja um câncer na humanidade, é tanta falta de amor que agora temos necessidade de ser verdadeiros homens e mulheres de ferro ou corações gelados.